Professor piauiense morto a pedradas e corpo carbonizado foi vítima de homofobia, diz polícia

O assassinato do professor piauiense Denes Marlio Lima Neres, de 26 anos, foi motivado por homofobia, segundo investigações da Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Planaltina. Ele foi morto com pedradas na cabeça no dia (1º/03). As informações são do Metrópoles.

Segundo a PCGO, na manhã da terça-feira de Carnaval, o professor conheceu Mateus da Silva Castro e informou que havia acabado de chegar do Piauí. Na intenção de “conhecer a cidade” e “curtir”, adquiriu junto com o suspeito duas porções de cocaína e algumas bebidas. Ambos foram para uma casa no bairro Itapuã, em Planaltina.

Em depoimento, o suspeito disse que Denes, já em casa, tirou a roupa e tentou passar as mãos nas partes íntimas dele, o que teria provocado um desentendimento entre os dois. Foi neste momento que Denes foi atingido com uma pedrada na lateral da cabeça e desmaiou de pronto. Outros golpes foram desferidos contra a vítima, o que provocou a morte do professor.

Após matar o professor de inglês, o suspeito roubou dois aparelhos celulares e deixou o local. No centro da cidade, o criminoso vendeu os objetos, segundo ele, por R$ 350. Com o dinheiro, o homem foi a um prostíbulo onde encontrou duas garotas de programa conhecidas dele. Lá, convenceu as duas mulheres a arquitetaram um plano para ocultar o corpo do professor, a fim driblar a polícia.

Os três, então, compraram gasolina, enrolaram o cadáver em um cobertor e o levaram para um local descampado na região do bairro Paquetá. Foi neste ponto que o trio ateou fogo no corpo da vítima.

O corpo de Denes foi encontrado no dia seguinte (02/03), parcialmente carbonizado. A identificação da vítima só ocorreu em (05/03). Durante a investigação, a Polícia Civil conseguiu identificar o suspeito de 18 anos. Este é conhecido no meio policial e já coleciona quase duas dezenas de ocorrências policiais em Goiás e no Distrito Federal pelos mais diversos tipos de crime.

O suspeito foi indiciado por homicídio qualificado, ocultação/destruição de cadáver, fraude processual e associação criminosa.

As duas garotas de programa serão indiciadas por ocultação/destruição de cadáver, fraude processual e associação criminosa.