Entenda a importância da conscientização e prevenção do câncer de mama

O Cristo Redentor, o Congresso Nacional, Jardim Botânico de Curitiba, Farol da Barra, Elevador Lacerda. Estes são alguns dos monumentos brasileiros que ganharam uma nova cor - a cor rosa. O tom rosado do mês de outubro serve como alerta e um importante lembrete: é preciso prevenir o câncer de mama. O diagnóstico precoce contribui para que o tratamento seja feito ainda na fase inicial da doença, aumentando as chances de cura.

A campanha Outubro Rosa foi criada com o intuito de conscientizar mulheres do mundo todo sobre a importância de fazer o autoexame das mamas. No Outubro Rosa, entidades brasileiras e internacionais se unem para compartilhar informações sobre o câncer de mama, além de incentivar as mulheres a procurar ajuda médica diante de eventuais suspeitas.

A Origem da campanha Outubro Rosa

Vários estados dos Estados Unidos já promoviam ações isoladas de conscientização sobre o câncer de mama e também para incentivar mulheres a fazer a mamografia. Essas ações aconteciam no mês de outubro. Na década de 1990, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a criação de uma campanha pública voltada para a prevenção do câncer de mama. Ficou definido que esta campanha seria em outubro.

Neste mesmo período, a Fundação Susan G. Komen for the Cure já era responsável pela Corrida pela Cura, em Nova York. A corrida era voltada também para a prevenção do câncer de mama e os participantes desta corrida recebiam um laço cor-de-rosa.

É importante dizer aqui que a fundação responsável pela corrida também surgiu a partir da experiência de duas mulheres. Susan G. Komen foi diagnosticada com câncer de mama e faleceu aos 36 anos, na década de 1980. Com o diagnóstico de Susan, Nancy - irmã de Susan - prometeu a ela que encontraria a cura para o câncer de mama. A morte de Susan foi um verdadeiro baque para Nancy. Mas foi também o maior incentivo para que ela criasse a Fundação Susan G. Komen for the Cure, dois anos após a morte de sua irmã.

O objetivo desta fundação é levantar fundos para investir em pesquisas sobre o câncer de mama, para garantir melhorias no tratamento da doença e até a erradicação do câncer de mama. Em mais de 30 anos, o trabalho de Nancy Brinker foi responsável pela arrecadação de US$ 2 bilhões de dólares. Em suas entrevistas, Nancy sempre fala que a promessa feita a Susan - de que encontraria a cura pro câncer - é a que mantém motivada a seguir com os trabalhos na Fundação Susan G. Komen.

Por que esta campanha é importante

Susan foi vítima de uma das doenças que mais matam mulheres no mundo. Segundo o Instituto Nacional de Combate ao Câncer (INCA), o câncer de mama é um dos tumores malignos mais frequentes no mundo todo, perdendo apenas para o câncer de pele. O câncer de mama representa 25% dos diagnósticos de câncer em mulheres no mundo todo. Além disso, o câncer de mama é a doença que mais mata mulheres atualmente.

No Brasil, os dados também são preocupantes. A Sociedade Brasileira de Mastologia aponta que na região sudeste estão os maiores percentuais de diagnósticos de câncer de mama - 51,3% dos casos estão nessa região do país. Em média, 14 mil brasileiras morrem em decorrência da doença, todos os anos.

Apesar disso, houve uma queda no número de mortes de mulheres por câncer de mama. Estudos do Hospital do Câncer de Barretos apontam que nos últimos 14 anos, a taxa de mortalidade de mulheres em decorrência do câncer de mama caiu 42,85%. O que ocasionou a queda nas taxas de mortalidade foram os diagnósticos precoces e os exames preventivos, como a mamografia e o autoexame das mamas.

O INCA mostra que o índice de sobrevida - percentual de pacientes que vivem no mínimo 5 anos após o diagnóstico - é de 88,3% quando o diagnóstico ocorre ainda na primeira fase da doença.

É importante destacar que o câncer de mama também acomete homens. Esses casos são raros, mas não significa que pode ser ignorado. Em média, 125 homens morrem todos os anos no Brasil em virtude do câncer de mama.

Como fazer parte da campanha Outubro Rosa

O envolvimento da sociedade em campanhas como o Outubro Rosa incentivam cada vez mais as mulheres a cuidar da saúde. O autoexame das mamas é muito importante para detectar se existe algum tumor. Para se ter uma ideia, quase 70% dos casos de câncer de mama foram identificados pelas próprias pacientes. Então, como cada um de nós pode contribuir com o Outubro Rosa? Eis algumas dicas que podem fortalecer a campanha!

1- Autoexame é fundamental

Mulheres, não deixem de fazer o autoexame das mamas. Ao perceber qualquer alteração em suas mamas, procure um mastologista de confiança. Não deixe de conversar sobre o autoexame com as mulheres do seu ciclo social - mãe, amigas, irmãs, filhas, sobrinhas, colegas de trabalho.

2 - Dê apoio e seja empático

Caso alguém te procure para falar sobre algum caroço detectado no autoexame das mamas, dê todo o apoio necessário. Por vezes, a possibilidade de um diagnóstico da doença pode despertar medos e receios. Ter o apoio e a empatia de pessoas queridas neste momento é fundamental. Se possível, ofereça sua companhia para ir ao médico com a pessoa.

3- Tenha hábitos saudáveis

De acordo com o INCA, manter hábitos saudáveis contribuem com a prevenção do câncer de mama. O Instituto Nacional de Combate ao Câncer afirma que 30% dos casos de câncer de mama poderiam ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis. Evite cigarros e consumo de bebidas alcoólicas, pratique exercícios físicos e se alimente de maneira balanceada.

Deixo aqui a minha singela contribuição com esta importante campanha. Compartilhe este artigo em suas redes sociais para que outras pessoas possam fazer parte deste movimento de conscientização e prevenção do câncer de mama.

#OutubroRosa
Prevenir é um ato de amor
Arnaldo Silva

Diretor-geral de jornalismo, colunista e repórter de política e municípios do Diário de Caraíbas.