Delegada diz que juiz acabou a mulher brasileira e defende castração pra estuprador

Conhecida por ser uma voz forte contra a violência da mulher, a delegada Vilma Alves condenou a postura do juiz José Eugenio do Amaral Souza Neto, que mandou soltar o homem que ejaculou em uma mulher dentro de um ônibus na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo, na tarde do dia 29 de agosto. Para a delegada, o magistrado “acabou com a mulher brasileira”.

“Na concepção dele a mulher é um lixo, o homem pode fazer o que quiser e não dá em nada. O estupro é um crime hediondo. A mulher é cidadã e respeitada pela Constituição de 88 e ele joga fora tudo isso. Ele jogou a mulher na lata do lixo”, disse a delegada ao Cidadeverde.com

A decisão do juiz, segundo Vilma, afetou todas as mulheres brasileiras que lutam por seus direitos. A polêmica trouxe à tona a campanha da delegada de castração química de estupradores.

“Todas nós nos sentimos um lixo, pois mexeu com uma, mexeu com todas. Estou fazendo a campanha da castração química. Em pleno século 21 aplicar o que ele (juiz) aplicou é imoral.  Não podemos aceitar esse estrago. Ele acabou com a mulher brasileira. Precisamos fazer um levante e fazer voz à campanha da castração”, afirmou.

Em sua decisão, o juiz destacou que “não houve constrangimento tampouco violência ou grave ameaça, pois a vítima estava sentada em um banco de ônibus, quando foi surpreendida pela ejaculação do indiciado".

Para a delegada, o que mais decepciona, é o fato de o magistrado ser novo. “O que mais nos deixa decepcionada é que ele é um juiz com o olhar do século 21, a mulher não pode ser vista mais como propriedade”, declarou.

Vilma Alves ainda fez desabafo no Facebook:
Hérlon Moraes
Cidade Verde
Arnaldo Silva

Diretor-geral de jornalismo, colunista e repórter de política e municípios do Diário de Caraíbas.