No PI, festas juninas fazem número de pessoas queimadas crescer até 20%

As tradicionais festas de junho, cheias de símbolos e crendices, já começaram. É balão, fogueira de São João, fogos de artifício e muita folia durante todo mês. Neste período, por conta do contato direto com produtos inflamáveis, aumenta o risco de queimaduras e acidentes envolvendo fogo nas residências. A atenção deve ser redobrada, principalmente com as crianças, que representam 50% dos atendimentos da unidade de queimaduras do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), nesta época do ano.

De acordo com Denyberg Santiago, gerente da unidade de queimaduras do HUT, o número de atendimentos e internações por queimaduras aumentam em até 20% neste período. Porém, segundo ele, o trabalho de conscientização que vem sendo realizado nos últimos anos tem diminuído muito as incidências desses acidentes.

"Esses números são relativos aos anos anteriores, mas estamos acreditando que neste ano os casos serão inferiores aos anos passados. Ainda assim, os índices se elevam muito neste período, sobretudo, em relação às crianças, e os pais precisam redobrar a atenção", orienta Denyberg.

Em geral, os casos mais comuns são de queimaduras graves, causadas principalmente por contatos com fogueiras. Segundo Denyberg, também são registrados muitos casos de queimaduras por fogos de artifícios e queimaduras mais leves, que não necessitam de internação.

"Os casos de fogos de artifício, por estarem também associadas às explosões, são graves pelo fato de ocorrerem perda de membros, cortes profundos, cegueira, perda de audição e outras lesões graves. Muitos desses fogos não têm controle de qualidade e, ainda assim, os adultos permitem que as crianças façam uso deles", afirma.

Por mês, cerca de dez pacientes são internados com queimaduras graves no HUT. Esse número, segundo coordenador da unidade de Queimaduras, representa apenas 10% dos casos gerais, muitos deles resolvidos em outras unidades de saúde. "Quando falamos em queimaduras leves, os números chegam a ser dez vezes maiores que as internações", afirma.

Fonte: Com informações do Diário do Povo